4.3.10

Dormindo com Estranhos

Quem me conhece sabe da minha saga em assistir aulas na Barra da Tijuca. Atualmente, moro na Tijuca e trabalho no Centro do Rio. Dando uma básica olhada no mapa, não é difícil perceber que os pontos são razoavelmente distantes e, com um sistema de transportes caótico no Rio de Janeiro, é quase impossível chegar a algum destino com menos de 40 minutos.

Último período da faculdade, em breve, muito em breve na verdade, estarei com um canudo na mão. Em meu atual estado de nervos, em que escrevo cerca de 12h diárias, para o trabalho e para a monografia, gostaria que tal canudo fosse, apenas, para tomar um delicioso milkshake de ovomaltine. Além de necessitar do diploma para ontem, mesmo que não tenha mais valor (deixo registrado neste parêntesis o meu irônico VALEU, STF!), acho melhor fechar a boca. Seria bom perder, no mínimo, uns cinco quilos, mas no mundo ideal seriam dez.

FOCO! Meu peso não influencia a vida dos outros. Nem meus textos. De qualquer forma, voltemos ao blá-blá-blá. Tenho três matérias presenciais e uma online para concluir o curso de Jornalismo. As presenciais me garantem uma canseira sem tamanho. Todas são de projetos experimentais, ou seja, pesquisa e escrita. Até um livro-reportagem deverei escrever. Entretanto, o ponto principal do post são as eternas horas passadas dentro do coletivo.

Já tentei todas as formas de sair do Centro da cidade e chegar à Barra da Tijuca. Ônibus pela Zona Sul. Metrô + Integração Barra. Van pela Zona Sul. Metrô + ônibus pela Linha Amarela. Não existe opção melhor. Não é exagero. Em todas as opções, desconsiderando o valor de passagem diferenciado, não demoro menos de duas horas para chegar ao destino final. Se a aula é sexta-feira, amigo, prepare-se. Parece que todas as pessoas que possuem carro fazem questão de tirá-los da garagem na sexta e me deixarem de bunda quadrada após três horas de ônibus. Claramente um complô contra esta abóbra que os escreve.

A ideia é inovar. Pelo menos foi o que pensei. Escolhi um ônibus que posso, após ficar 40 minutos na fila, ir sentada todo o percurso. Assim, fiz um laboratório para escolher a melhor atividade para minhas três horas de reflexão. Música. Textos da faculdade. Pensamentos soltos. Conversas pelo celular. Conversas com o vizinho de banco.

A melhor opção foi uma noite singela, com o ar-condicionado do coletivo no máximo (ah, mereço um conforto, vai!), devidamente agasalhada, posicionada na janela, encostei a cabeça no vidro e...dormi. Posso até ter roncado, nunca saberei, mas o que abriu - ou fechou - meus olhos foi a oportunidade de descansar nesse tempo interminável. A única coisa estranha é que, entre as cochiladas, meus companheiros de banco mudam e sempre tenho a esquisita sensação de estar dormindo com inúmeros desconhecidos. Homens e mulheres. Credo, quanta promiscuidade!

11.11.09

ENADE, aff!


Sim, mais uma vez estive entre os milhares de alunos escolhidos para essa tortura em um domingo ensolarado. O ENADE me pegou de jeito. E eu, sem poder fugir na hora H, tive que passar meu adorável domingo em uma cela, quer dizer, sala de colégio estadual. Com a formatura brincando de polícia e ladrão comigo, a única alternativa que restava a mim era dispensar todos os convites para praia e churrascos e cair na mão com o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes.

Minha saga começou em 2006, ano em que tive o (des)prazer de descobrir o que significava, o tão falado por minha mãe, provão. Moradora de Copacabana, fui escalada para realizar o meu exame (não, não era neurológico) em Vila da Penha.

Durante três anos de faculdade de Jornalismo, achei que estaria imune à uma nova avalicação do ENADE. Sabe? Tipo caxumba, a gente pega uma vez e pronto, não pega mais. Só que, por se tratar desta abóbra que voz escreve, as coisas não são tão simples assim. Olhando meu histórico de doenças, já tive, comprovado por uma conceituada otorrinolaringologista do Rio de Janeiro, três vezes caxumba. São poucas as pessoas que conheço que já pegaram tal doença. Sou mesmo uma pessoa de sorte! Acho que eu deveria ser estudada por uma faculdade de medicina ou até mesmo alienígenas. Nunca ouvi alguém que tivesse conseguido tal proeza. Acho que nem você, querido leitor.

Fato é que, três anos depois do meu primeiro exame, fui convocada para fazer o ENADE deste último domingo. Sim, calor de rachar. Pessoas na praia, refrescando-se. Madames em shoppings com ar-condicionado, almoçando em restaurantes especializados em saladas, tipo Gula Gula. Eu, que mal dormi por conta da alta temperatura de sábado, saí às 11h30 de casa para fazer prova na Barra da Tijuca. Delicioso. Quando recebi a maldita carta comprovatória de tortura, logo procurei o local onde deveria realizar a prova. Foi quando deparei-me com as siglas C.E.. Sim, leitor, COLÉGIO ESTADUAL. Gelei.

Tão fácil como gelei, o calor de domingo e o meu mau humor exarcebado fizeram questão de me derreter. Ao ver o número seis mil e qualquer coisa na carta, raciocinei: "estudo próximo ao Barra shopping, que é 4 mil e pouco. Putz, é muito longe!". Penso, logo, sou burra de não colocar o endereço no Google Maps. Quando reparei que o Rio Design da Barra era algo próximo a seis mil e muitos, tive a clara certeza de que já havia passado o tal colégio Vicente Januzzi. O calor me deixava completamente suada e o sol fritava meus miolos, que logo teria que usar. Dei duas voltas para achar um colégio muito escondido na Avenida das Américas. (In)Felizmente, achei!

Ao adentrar o pátio do C.E., reparei que as salas tinham ar-condicionados nas janelas. Confesso que fiquei mais tranquila, porém, com o mesmo calor. Achei uma sombra para sentar, já que os portões ainda estavam fechados. Torcia para chegar ao horário em que poderíamos entrar e meu humor e suor secarem pelo refrescante ar gelado. Conversei com duas pessoas aleatórias sobre o critério de distribuição de local de prova, que muito me revolta. Moradora de Copacabana fazendo prova em Vila da Penha. Atualmente, moradora da Tijuca colocando meus saberes em um exame na Barra? Por quê? Na minha rua, há poucos metros da minha casa, tem um colégio municipal. NA MESMA CALÇADA!

Os portões abriram e eu e meus recentes conhecidos fomos em busca de nossas salas. Ok, andei o mais rápido que pude. Procurei a sala. "Sala três...sala seis...opa! Sala nove!". Se por um novo acordo semântico o "opa" pudesse se transformar em "puta que pariu", gritaria umas 90 vezes "opa" naquele momento. Ar-condicionados desligados. Sim! O calor da terra subia e eu ouvia em meus pensamentos: "se fudeu!". A única alternativa que me restava era sentar frente ao ventilador, e foi o que fiz. Aquele vento quente consumia ainda mais o meu humor. Como cerejinha do sundae, as cadeiras e mesas eram para anões. Meço 1,57m. Apenas isso, nenhum centímetro ou milímetro a mais. Como mesa e cadeira podem ser pequenos para mim? Fácil. Sala para primeira série do ensino fundamental. Quiçá, alfabetização.

Ao receber a prova, comecei a ler as questões para respondê-las. Enquanto lia algo parecido com êxodo rural, me concentrava naquela gotinha safada de suor que insistia em escorrer da minha nuca em direção a minha calcinha. Virava a página e o pinguinho da testa fazia questão de molhar o pedaço da frase em que eu tentava ler com atenção. Quanto mais situações dessa natureza aconteciam, mais eu me irritava. Estava prestes a estourar, quando interrompi o movimento do meu braço que corria para socar a mini-mesa. Assim foi por duas horas e meia de prova. Descontrolei-me de tal forma que não lembro das perguntas do ENADE. Fiasco!

O que me consola é que esta prova não aparece em nenhum lugar do meu histórico escolar e irá se juntar com outras centenas e dar uma péssima nota, já esperada, à minha querida (não tão querida) faculdade. Mentira! O que mais me consola de verdade é que esta foi a última vez que participei desta tortura. Ou não! Com a minha sorte, sabe-se lá o que pode acontecer.

18.9.09

Relacionamentos e suas teorias


Aproveitei e peguei carona na postagem de uma grande amiga. Yasmim Pimenta, novata no ramo blogueiro, colocou seu sentimento em palavras. Por ser um tema que há tempos venho tentando descorrer sobre, dedicarei a presente publicação a ele. Ficou curioso, leitor? Garanto que o assunto interessa homens e mulheres, de formas distintas. Preparados? Valendo!

Segundo o programa de uma emissora, assistido por Yasmim, um estudo comprovou que, no Rio de Janeiro, há uma proporção de sete mulheres para cada homem. Um dado incrivelmente alarmante. As mais desesperadas logo se assustam, uma vez que o mar não está para peixe. Convenhamos, a disputa fica desleal. Prezadas concorrentes, entre os homens disponíveis, brilhantemente lembrado por minha amiga, devemos excluir os casados e homossexuais.

O dado te entristeceu? Sugiro, então, que pare de ler esta postagem IMEDIATAMENTE! É a ação mais indicada para pessoas com tendências depressivas, em casos de mulheres. Se você que está lendo este texto for homem, que já se encontra em depressão profunda por aquele belo pé-na-bunda que sua namorada de três anos e meio te deu e você, além de tudo, descobriu recentemente que a ex-amada te traía com aquele camarada que vivia na sua casa, talvez eu possa deixar seu dia mais feliz. Dê uma chance ao post de hoje!

Comunico, mais uma vez, que os dados são fortes. Não me responsabilizo por suicídios, homicídios e latrocínios (será?) após a leitura do blog. Voltando ao que interessa. Refleti sobre o tema e cheguei a uma conclusão mais complexa do que uma concorrência voraz, com direito a puxões de cabelos e unhadas. A discussão vai além e encosta nas amiguinhas que aparentemente estão fora da situação mostrada, as comprometidas.

Seja qual for o nível de comprometimento, namoros, casamentos e até relacionamentos extraconjugais, nenhuma está a salvo. Coleguinhas do mesmo sexo, olho vivo! Ainda não entendeu? Explicarei de uma forma mais detalhada, para que as dúvidas não surjam com facilidade. [Mais um alerta! Não continue a leitura se possui problemas cardíacos ou se desconfia de seu pareceiro].

Basicamente, minha teoria se faz por uma observação de campo, com envolvimento pessoal, que culminou em um desfecho não satisfatório. Para que um linguajar tão rebuscado? Trocando em miúdos, ao ficar sabendo do resultado da reportagem de tal emissora de televisão, logo lembrei do fatídico caso de minha vida amorosa. Traição de um ex-namorado, ou quem sabe, todos. Mostrarei porque o estudo me chamou a atenção. Façamos as contas, após a criação de uma situação hipotética com personagens inexistentes.

Uma bela mulher, chamada Maria, bem sucedida profissionalmente, possui tempo para se cuidar, frequenta academia diariamente. Adora um sol e não dispensa uma praia em dias de calor. Magra, sem ser puro osso, é extremamente educada. Sem desafetos, todos gostam de sua pessoa. Engraçada, curte uma cerveja regada de papos aleatórios. Resumindo? Maria é a mulher dos sonhos e inúmeros homens cariocas. Em uma noite agradável, nossa personagem conhece João, por quem se interessa. Os dois inciam um relacionamento. Algo preocupa Maria.

Contas! Se adaptarmos a estória de Maria e João contada acima para o estudo televisionado, teremos a seguinte contagem: João, homem carioca, representando a parte masculina disponível. Maria, mulher carioca, UMA dentre as SETE possíveis de João. Resultado? Maria possui, ainda, seis vezes mais chances de ser traída! Por quem? Uma amiga fura-olho, uma prima piranha ou qualquer mulher aleatória do Rio de Janeiro. Dependendo dos conceitos de João, 'tadinha da Maria. Poderá ser corna eternamente!

Eu estou supertranquila com o fato. Por diversas razões. Não tenho compromisso com ninguém, não acho a concorrência desleal, cada uma tem a sua estratégia, e acho que o desespero só serve para atrapalhar. Ok, ok. A razão principal irei compartilhar com meus queridos leitores agora: não sou carioca!

12.4.09

\o/ Y.M.C.A! /o\


Muita gente veio me perguntar por que eu não escrevia aqui há tanto tempo. Posso inventar milhares de desculpas esfarrapadas como: "Ah, a vida anda uma correria e eu não tenho tido tempo de atualizar As sementes da Abóbra!", ou então algo assim: "Puxa, não tenho andado com criatividade para escrever algo engraçado, estou muito depressiva.". Essas desculpas não seriam convincentes. A resposta para essa pergunta pode ser até simples demais. Esqueci ou não tive paciência de escrever. Penso em alguns temas engraçados e divertidos latentes, carentes, desesperados para serem escritos. Entretanto, minha vida profissional anda tão agitada que não tenho vontade de chegar em casa e escrever, escrever e escrever! Hoje eu resolvi atualizar o blog. Mãos a obra?

Minha vida sempre foi muito ligada à música. Em todos os momentos ou situações do cotidiano procuro alguma letra que remeta ao meu sentimento. Tenho certeza que as pessoas mais interessantes que eu conheço gostam de fazer isso também. O que me espanta é que em alguns eventos sociais, independente de qual sejam, certas músicas são obrigadas a tocar. Não! Não falo do bate-estaca proporcionado pela música eletrônica ou as letras marcantes dos nossos poetas musicais brasileiros, como Chico Buarque. Falo de embalos do final dos anos 70 criados para deter a audiência de um nicho específico, os gays. Cheios de estereótipos, Village People conseguiu essa atenção, não somente de seu público alvo, como famílias de outros lugares do mundo.

O ponto que eu gostaria de apresentar é que há dois meses fui a um casamento em uma casa de festas no Alto da Boa Vista. Boa festa, boa comida, boa família. Família judaica tradicional. Ok, qual é a relação entre Matzel Tov e Y.M.C.A? Queridos leitores, TODA! Deixe-me explicar.

Eu talvez tenha reparado no óbvio: as mesas se esvaziam; crianças gritam; Jovens, gatões de meia idade e vovós dançam loucamente quando essa melodia abre a seleção de Dance Music. Não há uma pessoa que não saiba os passos conhecidos e o famoso jogo de mãos fazendo a sigla da música. As senhoras, cobertas de ouro (muito ouro!) e seus vestidos cafonas num mix de cheiro de mofo e naftalina, eram acompanhadas de seus respectivos maridos, com cara de rabino que mal sabiam manter uma conversa em português, e dançavam fazendo um enorme trenzinho que circulava por todo salão. Não havia Torah que fizesse aquelas famílias pararem de bailar com adereços muito comuns em festas. Arcos alegres, plumas coloridas, óculos engraçados, gravatas brilhantes, tudo o que a música pede. E lá estavam eles, pessoas com sobrenomes que possuem mais consoantes do que vogal, remexendo as cadeiras até de manhã.

Incrível, não? Na maioria desses eventos sociais, casamentos, festas de 15 anos, formaturas, os embalos que levam os convidados à pista de dança são as músicas animadas dos gays dos anos 70/80. Sem preconceitos, apenas por ser um ritmo marcante e dançante. Viva ao Y.M.C.A!

24.1.09

Cotidiano


Desde o fim de dezembro, minha mãe e meu padrasto se encontram de férias. Isso pode ser bom e ruim de várias formas. Não vou entrar muito nesse detalhe porque o post de hoje é sobre outra coisa. E o que as férias da minha família tem a ver com isso? Explicarei agora.

Todos os dias, pela manhã, eu ganho uma caroninha do meu padrasto até o trabalho. Nossas empresas - calma, galera, não sou dona de nada! - ficam muito próximas. É ótimo para mim! Posso dormir até mais tarde, uma vez que de carro o trajeto é mais rápido. Entretanto, todos os funcionários (menos os explorados estagiários, como eu!) têm direito a férias, anualmente. É isso mesmo, a felicidade da minha mãe e do meu padrasto é a minha infelicidade e prováveis descontos por atrasos do meu, já enxuto, salário. Paro e penso: "É, estagiário só se f*!".

Dessa forma, desde dezembro eu tenho ido trabalhar de ônibus. Meu horário é 8h e inúmeras vezes já saí de casa a essa hora. Pobre de mim! Além de virar piada no meu setor - quem nunca ouviu: ih, chegou cedo para amanhã! - a empresa para qual trabalho está cortando despesas e isso quer dizer exatamente que QUALQUER atraso será descontado do salário do otário funcionário. Ok, justo.

Vendo que apenas me restava pegar o ônibus, até porque ODEIO metrô, saía de casa todos os dias aproximadamente no mesmo horário. De mau-humor, num calor de rachar do verão do Rio de Janeiro, faço sinal para o santo meio de transporte. Ao subir, me deparo com a cobradora mais inusitada da face da terra. Uma senhorita, no auge dos seus 30 e poucos anos, afro descendente, robusta, sorridente e altamente descontraída. Confesso não saber o nome da figura, mas percebi que ela faz a alegria dos passageiros da manhã. Nunca vi pessoa tão animada e falante às 7h30m. Falava sobre tudo, alto, com quem quisesse ouvir! Um papo cômico, sobre os mais variados temas.

Repeti o mesmo processo matinal no dia seguinte e encontrei com a mesma funcionária. Percebi, então, que as pessoas planejavam sair de suas casas em direção aos seus empregos sempre na mesmo horário para poder encontrar com essa figura. Normalmente, saio de casa já com o ipod conectado e tocando músicas aleatórias. Desde quando subi nesse ônibus pela primeira vez, meu mp4 vai desligado da minha casa até o Centro da Cidade. Já ouvi causos inusitados, como a vez que a Srta. deixou de ser evangélica. Situações para lá de hilárias que me fazem ter a vontade de sair mais cedo de casa para trabalhar!

Infelizmente, meu padrasto voltou de férias. E eu? Não perco minha caroninha e meus 15 minutos a mais de sono por nada. Contudo, confesso: sinto falta da simpatia daquela moça que encanta a linha de ônibus. Num desses dias que entrei no coletivo me senti muito bem. Ao subir no ônibus, cumprimentar com um "obrigado" ao motorista e um "bom dia" à cobradora, como sempre faço, recebi um elogio. "Nossa, com um sorriso bonito dessa menina, não tem como não ser um bom dia mesmo!".

Adorei ouvir isso da minha cobradora preferida e segui viagem. Espero nas próximas férias do meu padrasto, encontrá-la todas as manhãs novamente!

2.1.09

5...4...3...2...1...ABÓBRA MORREU!


Parece que eu realmente abandonei isso aqui, né? Não só parece como, de fato, abandonei. Atire a primeira pedra quem não fica sem tempo nas festas de fim de ano? Pois é. Então vamos ao primeiro post de 2009.

Meu Reveillón começou maravilhosamente bem. Estava com amigos que amo de paixão, com uma família maravilhosa e vista privilegiada para a praia de Copacabana. As bebidas estavam gelando e eu estava de verde, um vestido LINDO por sinal, para me dar bastante esperança no ano que iria começar! Poderia eu estar mais feliz?

Iniciei os trabalhos alcoólicos por volta das 21h30. Estávamos esperando algumas pessoas que iriam ceiar conosco. Um copo de Absolut com RedBull. Pouco tempo depois, um copo de Ballantine's com pedras de gelo de água de côco, idéia minha! Até que percebi que eu deveria ir encontrar com o meu pai para não perder a área VIP que meu tio conseguiu para eu assistir Revelação. [Vamos deixar bem claro: esse blog é meu e, SIM, eu amo Revelação! Ai de quem ousar falar mal!] Olhei o relógio e eram 22h30. Pensei: "Opa, tomo mais um copinho e vou embora!". Foi assim que fiz. "Desce mais um copo de Absolut com RedBull!". Bebi em tempo recorde, desejei um FELIZ ANO NOVO para todos da casa e rumei em direção a Rua Figueiredo de Magalhães, onde combinei de encontrar com meu pai para entrarmos no show.

Assim que a minha família chegou, coloquei a pulseirinha no braço e já estava cantando loucamente as músicas do meu grupo do coração. Peguei minha querida prima pelo braço e arrastei-a para perto do palco. Sambei, sambei, sambei, até que tive a estúpida idéia de pegar um whisky no bar. Ahhhhh, meu amigo, para quê?

Não conto mais o que aconteceu porque, simplesmente, eu não lembro de ABSOLUTamente nada! Maldito Red Label, acabou com o meu Reveillón. Não lembro nem da contagem regressiva, muito menos de gritar: FELIZ ANO NOVO! Só sei que terrivelmente dei PT (para os leigos, Perda Total) por volta de 1h da manhã.

Se o primeiro dia do ano já foi assim, o que está por vir nos outros 364?

23.12.08

Já é Natal na Leader Magazine!


Sempre que ouço esse jingle na televisão me dá um arrepio na coluna vertebral. Acho que o cara que criou essa musiquinha, que ainda não cheguei a conclusão se é irritante ou legal, não imaginava o sucesso que faria. Entra ano e sai ano e a Leader continua com a mesma música de Natal. E deu certo, né? Quem nunca cantou com gosto: "Já é Natal na Leader Magazine...NATAL! Natal é tempo da gente aproveitaaaaaar. 60 dias pra pagar e pode parcelar...é bom você se apressar!"? Sensacional, um gênio da propaganda!

Outro cara que também merece o prêmio de maior tempo no ar de jingle de Natal nos meios de Comunicação brasileiro é o infeliz do Guanabara (e seu fiel cantor Leonardo)! "Eu acredito que esse meu Natal vai ser o MELHOR Natal...GUANABARA!". Se todo ano toca isso, meu Natal de 2008 tem que ser fantasticamente maravilhoso, não menos que isso!
De uns tempos para cá viram que o coral de animação e os penduricalhos natalinos não convenciam muito ao lado da voz, me desculpem os que gostam, irritante do cantor Sertanejo e resolveram chamar outros artistas para acompanharem o Leozão! André Marques e sua incrível pança, tudo a ver com um comercial de supermercado! Fábio Júnior e Leonardo, quem diria que a música conseguiria ficar mais insuportável? Incrível! E o pior de tudo é que isso dá certo. Sempre que toca na televisão, seja no intervalo entre Mulheres Apaixonadas e a Sessão da Tarde, ou então, Malhação e RJTV 2ª Edição, milhares de lares se enchem de alegria e garanto que em grande parte deles a surpreendente musiquinha é cantada!

Falo isso de experiência própria. Há algumas semanas, fui com um grupo de 7 meninas, abarrotadas em um Fiat Palio, do Humaitá até a Barra da Tijuca. Obviamente, estávamos em uma festa biritando antes, mas o fato é: ao passarmos pelo Jardim Botânico TODAS gritavam esses dois jingles lindos e profundos dentro do carro. Acredite, fomos até a Barra repetindo incessantemente essas músicas podres.

Como amanhã é véspera de Natal, e eu já considero ser Natal oficialmente, tive que compartilhar com vocês essa minha experiência de vida. Garanto que pelo menos a metade de meus fiéis (será que posso dizer isso?) leitores já cantaram essas ou outras musiquinhas de comercial.


Dessa forma, não poderia terminar esse post de outra forma: "JÁ É NATAL NA LEADER MAGAZINEEEEE!" Ho! Ho! Ho! Ho! Hooo!

21.12.08

Domingo é dia de feijoada!


HOJE É DIA DE FEIJOADA. Incrivelmente vim aqui para atualizar o blog, pensei: "Não posso abandonar o barco logo agora, iniciei o blog ontem, já não vou postar hoje?". Dessa forma, vim aqui exercer o meu direito, e por que não obrigação, de escrever um texto completamente sem nexo só para não passar em branco!

Acontece que hoje, como o próprio título da postagem indica, É DIA DE FEIJOADA. Entenda, sei que as feijoadas geralmente são servidas aos sábados, mas ontem foi dia de churrasco. E eu vou vivendo nesse ambiente calórico e repleto de cerveja, porque assim vive uma abóbra em sociedade!

Dessa forma, estou atrasada para essa fartura gastronômica e por isso esse post é completamente sem noção e enxuto, sem grandes pensamentos.


E apenas aproveitando a deixa, "...vamos botar água no feijão..."!

20.12.08

A primeira semente da abóbra





Na faculdade sempre ouvi de meus professores, alguns queridos outros nem tanto, que todo aprendiz de jornalista deveria ter um blog. Obviamente, não é mesmo? Que jornalista não gostaria de ver suas criações e pensamentos publicados na rede? São milhares de pessoas navegando simultaneamente nesse imenso mar digital! Ok, não vou começar a entrar em detalhes de uma aula de Comunicação e Novas Tecnologias, mas que é verdade, isso é!

Entretanto, mais verdade ainda do que isso era a minha resistência em criar um blog. Depois de muito refletir cheguei a conclusão de que minha aversão a tal ferramenta é o fracasso, a baixa popularidade que estou assumindo nesse exato momento. Escrever e não ter público satisfatório para ler meus pensamentos, asneiras e crenças...DEUS, é a morte de uma pseudo-jornalista.

Após ver que eu estava ficando muito paranóica e que a popularidade se faz com o tempo e, claro, com muita competência, resolvi ingressar nesse mundo blogueiro. Aqui serão postadas coisas úteis, inúteis, alegres, tristes, pensamentos, besteiras, enfim, tudo o que constrói uma vida de uma pseudo-formanda em sociedade. Ah, colocarei aqui, também, trabalhos interessantes meus. Afinal de contas, nunca se sabe quando terá um olheiro na internet buscando novos talentos, então, por que não tentar?

Entre, fique à vontade. Críticas são sempre bem-vindas, mas lembre-se: não serei obrigada a concordar com elas! Até porque o blog é meu! hahahahahahaha! Aqui está a primeira semente dessa horta de abóbras. Espero que no fim eu possa exportar abróbas para todo o mundo! ;)


PS: Se você ainda está se perguntando "semente?", "abóbra?", calma! Um dia a resposta vem.